A senadora Marta Suplicy (PT) está cada vez mais próxima do PSB. O presidente da legenda socialista, Carlos Siqueira, voou no final da tarde desta sexta (20) de Brasília para São Paulo para participar da festa de 70 anos da parlamentar. Até então, os convidados de honra eram o ex-presidente Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, que, até ontem, eram presenças incertas na comemoração.
O interesse do PSB é que Marta dispute a prefeitura de São Paulo pela legenda. O namoro de Marta com os socialistas começou ainda no ano passado, quando ela saiu do ministério da cultura e começou a desferir críticas ao PT e à gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). Marta afirmou, na época, que o “ou o PT muda, ou acaba”.
Para Siqueira, a ida de Marta para o PSB “casa como uma luva” nos planos do partido. “Queremos ter candidato majoritário nas principais capitais em 2016”, afirmou o presidente socialista.
De acordo com Siqueira, Marta está muito próxima do PSB. “As perspectivas são muito boas. A decisão é dela, não podemos decidir. Há um ambiente muito positivo no partido para recebê-la”, declarou.
A ainda petista teria se dado um prazo de até meados de março para definir a troca de legenda. Mas, de acordo com Carlos Siqueira, não há data limite do lado do PSB. “Não demos nenhum prazo a ela. O prazo quem diz é a pessoa que tem interesse de vir para o partido, e não nós”, afirmou.
Na opinião o presidente do PSB, Marta não encontraria dificuldades em explicar aos seus eleitores, acostumados a vê-la no PT, a presença no PSB. “Não acredito que vá haver dificuldade. O eleitor no Brasil geralmente vota na pessoa e não no partido. Ela deve dar naturalmente ao seu eleitorado as suas razões pela troca de partido”, acrescentou.
PLANEJAMENTO
A migração de Marta foi um dos assuntos discutidos na primeira reunião de planejamento estratégico do PSB, realizada nesta sexta (20) em Brasília. O partido traça as metas de atuação até 2018. O encontro reuniu a Executiva nacional da legenda e as bancadas da Câmara e do Senado. Até maio, estão marcadas outras reuniões com os diretórios estaduais, intelectuais e especialistas e representantes de segmentos sociais (juventude, negritude, sindicalismo, mulheres, popular e LGBT).
