Leilão

Porsche de doleira presa na Lava Jato é arrematado por R$ 206 mil

O valor inicial do carro tinha sido fixado em R$ 200 mil

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Publicado em 23/03/2015 às 19:43
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O valor inicial do carro tinha sido fixado em R$ 200 mil - FOTO: Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O Porsche que pertencia a uma doleira investigada na Operação Lava Jato foi leiloado por R$ 206 mil na tarde desta segunda-feira (23), em Curitiba.

Foi o primeiro leilão de bens apreendidos ao longo do escândalo da Petrobras. O veículo pertencia a Nelma Kodama, 48, que já foi condenada em primeira instância por crimes financeiros e responde a um outro processo relacionado. Ela está presa.

A Justiça Federal decidiu levar o carro a leilão apesar de a condenação ainda não ser definitiva porque havia o risco de alta depreciação caso o processo não tivesse um desfecho logo. O valor inicial do Porsche tinha sido fixado em R$ 200 mil.

O leilão durou menos de dez minutos e teve poucos lances. O carro acabou arrematado por um comprador de Curitiba, que não teve o nome divulgado e fez oferta via internet.

O valor pago será destinado a um depósito judicial. A exceção será uma parcela de R$ 8.440, que será usada para quitar antigos débitos atribuídos ao automóvel junto ao Detran. Como ainda há recursos pendentes, se a doleira conseguir reverter a condenação, o valor depositado será ressarcido.

O carro é um modelo Porsche Cayman, ano 2010/2011, com 22 mil km rodados. Ele está em um depósito da Superintendência da Polícia Federal no Paraná.

O Ministério Público Federal pretende levar a leilão todos os bens apreendidos na Operação Lava Jato sujeitos a depreciação, como carros, aviões e barcos, antes mesmo dos julgamentos. Para a Procuradoria, esses equipamentos têm um alto custo de manutenção e a sua perda de valor prejudica a recuperação do dinheiro obtido ilegalmente.

LUXO E GLAMOUR

Nelma, 48, é dona da maioria das 15 obras de arte expostas atualmente no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.

Os quadros foram apreendidos com a acusada durante uma operação da Polícia Federal paralela à Lava Jato, chamada Dolce Vita. O nome foi dado devido ao gosto de Nelma por luxo e glamour.

Em e-mails identificados pela PF, a doleira usava e-mails com os nomes das atrizes Greta Garbo, Cameron Diaz e Angelina Jolie.

Nelma é amiga do doleiro Alberto Youssef, principal réu da Operação Lava Jato. Ela está presa no Paraná há um ano. A pena pelos crimes foi fixada em 18 anos de prisão. A defesa dela questionou no processo a parcialidade do juiz Sergio Moro e negou que ela tenha cometido crimes.

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