O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, gerou confusão na manhã desta quarta-feira (8) ao responder enfaticamente "com certeza" a questionamento sobre se a meta da inflação não seria atingida até o final do ano, diante do resultado negativo divulgado nesta quarta.
Leia Também
O ministro fez a afirmativa e em seguida iniciou uma explicação sobre sua confiança no Banco Central. "O Banco Central tem se expressado com clareza e consistência em relação à importância do controle da inflação e a sua disposição de tomar as medidas cabíveis. Ele tem sido absolutamente completo em suas explicações, o que nos dá total conforto", disse.
Questionado novamente se havia dito de fato que a inflação ficaria acima da meta, o ministro se explicou: "Com certeza eu responderei a pergunta da colega. É óbvio. Desculpe o mal entendido. Ainda bem que vocês perguntam mais de uma vez", disse aos jornalistas que acompanhavam a entrevista coletiva.
Em outras ocasiões, o ministro afirmou não ter se expressado de forma correta.
Sob impacto da alta de energia e alimentos, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, segue pressionada e foi de 8,13% nos 12 meses terminados em março.
A variação do IPCA é a maior em 12 meses desde o período encerrado em dezembro de 2003 (9,30%), quando o país ainda sofria os efeitos da crise decorrentes das eleições presidenciais do ano anterior, que mexeu com a confiança e fez o câmbio disparar. A estimativa da Bloomberg havia sido de que chegasse a 8,20%.
O índice de inflação para 12 meses até fevereiro havia sido de de 7,7%.