O PSDB irá liberar seus 52 deputados federais a votar como quiserem na sessão que deve definir, nesta quarta-feira (15), o futuro do projeto que regulamenta as terceirizações no país.
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Sob o argumento de que estudou melhor o tema e que é sensível à pressão das redes sociais, o partido rachou ao meio. Vinte e seis deputados tucanos defendem liberar a terceirização para as chamadas atividades-fim das empresas, que é o cerce do projeto. Já outros 26 são contra.
O placar, auferido em reuniões e consultas internas, representa uma forte recuo em relação à semana passada, quando 50 deputados tucanos votaram a favor da terceirização da atividade-fim.
Entre os que recuaram está o líder da bancada, Carlos Sampaio (SP). Ele afirma ter sido convencido de que é melhor para o trabalhador que seja mantida a proibição atual, que é baseada em jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, até que o Supremo Tribunal Federal se manifeste sobre o tema.
"Eu revi minha posição. Enquanto o STF não decidir, prefiro ficar do lado dos trabalhadores. (...) Na guerra da comunicação, perdemos. O PT e o governo viram esse tema como a tábua de salvação deles. Se apegaram nessa posição para dizer que estão do lado dos trabalhadores", afirmou Sampaio.
A liberação da terceirização para a atividade-fim (a linha de produção de uma montadora de veículos, por exemplo) é uma das principais bandeiras do empresariado e é defendida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Segundo aliados do peemedebista, a orientação para o recuo tucano partiu do presidente do PSDB, Aécio Neves, que teme desgaste político com a medida.