Dois presos na Operação Lava Jato foram transferidos nesta quinta-feira (23) da carceragem da Polícia Federal em Curitiba para o sistema penitenciário do Paraná.
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Dario de Queiroz Galvão Filho, diretor-presidente e membro do conselho de administração do Grupo Galvão, e Guilherme Esteves de Jesus, lobista, chegaram ao Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, na tarde desta quinta.
Eles estão presos preventivamente desde o dia 27 de março, acusados de participar do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras.
Galvão Filho é o segundo executivo do grupo a ir para a prisão na Lava Jato. Já está preso desde novembro Erton Fonseca, diretor-presidente da Galvão Engenharia, uma das empresas do Grupo Galvão.
Quando determinou a prisão de Galvão Filho, o juiz federal Sergio Moro disse que havia "risco à ordem pública" caso o empreiteiro continuasse em liberdade porque mais crimes poderiam ser praticados e disse ser "perturbador" a revelação de que propinas continuaram a ser pagas ainda em 2014, depois da deflagração da Operação Lava Jato.
A ordem de prisão cita ainda a detenção de Fonseca. "Seria até estranho manter a prisão preventiva de Erton Fonseca, como fez este juízo e todas as instâncias recursais até o momento, e deixar em liberdade aquele quem as provas em cognição sumária apontam como mandante", escreveu Moro.
À época da detenção, o grupo Galvão classificou o ato como arbitrário e sem qualquer motivação ou fundamento legal.
Os dois foram transferidos a pedido da Polícia Federal, que afirma que há superlotação na carceragem. Agora, são nove os investigados pela Lava Jato que ainda permanecem no local.
No Complexo Médico-Penal, há outros 13 investigados na operação.
No presídio, os detentos dividem cela com outros dois homens. Há uma pia e uma latrina no local. O chuveiro, coletivo, é dividido com todos os presos da ala -eles têm direito a uma hora de banho de sol por dia.