O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), avaliou nesta sexta-feira (1º) como "muito grave" suspeita contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tráfico de influência em negócios da Odebrecht com governos estrangeiros.
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Segundo a revista "Época", a Procuradoria da República em Brasília instaurou investigação para apurar se o petista teria usado sua influência para facilitar acordos da empreiteira em obras no exterior financiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
"A cada dia, o que assistimos é um novo escândalo. É muito grave aquilo que a revista 'Época' publica de que há uma investigação do Ministério Público em relação a tráfico de influência cometido pelo ex-presidente. Isso tem de ser investigado", defendeu.
O tucano também considerou "extremamente grave" a informação de que foram apagados áudios e vídeos de reuniões do Conselho de Administração da Petrobras que trataram da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), o negócio gerou prejuízo de US$ 792 milhões.
"A CPI da Petrobras solicitou os áudios e as gravações das reuniões do Conselho de Administração para que os brasileiros possam entender quem foram realmente os responsáveis por aquele crime cometido", disse. "Se isso se confirma (ausência dos arquivos), realmente teremos que proceder do ponto de vista judicial para punir aqueles que cometeram esse delito", acrescentou.
O senador mineiro disse ainda que o seu partido pedirá a convocação na próxima semana do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, para que dê explicações sobre a ausência de arquivos das reuniões.
Ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente nacional do PSDB participou nesta sexta-feira (1º) da festa do 1º de Maio organizada pela Força Sindical, na capital paulista.
O palco do evento serviu de palanque para discursos contra a presidente Dilma Rousseff (PT). No microfone, o tucano acusou o atual governo federal de ser o mais corrupto da história e disse que a petista deixa um legado de aumento no desemprego e na inflação.
O presidente nacional do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, puxou gritos de "Fora, Dilma" da plateia.
"Vai para o inferno, Dilma", disse.