Investigação

Ministro do STF autoriza diligência na Câmara para investigar Cunha

Até o momento, Teori ainda não recebeu a notificação de que foi realizada a diligência

Da Folhapress
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Publicado em 06/05/2015 às 15:31
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Até o momento, Teori ainda não recebeu a notificação de que foi realizada a diligência - FOTO: Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
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O ministro Teori Zavaski, relator do processo da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou uma diligência na Câmara dos Deputados que envolve o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A diligência, solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot -e cuja autorização é para que seja feita nesta semana- está relacionada ao inquérito em que o deputado é alvo no STF.

Até o momento, Teori ainda não recebeu a notificação de que foi realizada a diligência, expedida sigilosamente pelo ministro.

A reportagem apurou que servidores da PGR estiveram na Câmara nesta terça-feira (5) e recolheram materiais para serem anexados ao inquérito. Teori deve receber a confirmação da diligência provavelmente nesta quarta (6).

Como a Folha de S.Paulo revelou na semana passada, Cunha aparece como autor de dois requerimentos sob suspeita no esquema de corrupção da Petrobras.

Ambos os documentos elaborados por Cunha pediam informações ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério de Minas e Energia sobre contratos da estatal com a empresa Mitsui.

De acordo com o doleiro Alberto Youssef, os requerimentos tinham como objetivo intimidar a empresa e forçá-la a retomar o pagamento de propina.

Na semana passada, Cunha levantou a hipótese de que registros internos da Câmara foram fraudados para implicá-lo na investigação da Operação Lava Jato.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considerou "despropositada" a versão do presidente da Câmara.

Cunha reagiu, afirmando achar "estranho" que o procurador tenha "opinião formada" sobre o tema, que está sendo investigado pela polícia legislativa da Câmara. "Isso só prova o que venho falando: o procurador-geral da República escolheu a quem investigar e usa qualquer argumento para justificar'', disse o deputado.

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