A Petrobras divulgou nesta sexta-feira (8) que entrou com duas ações de improbidade administrativa contra empreiteiras investigada na Operação Lava Jato.
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A estatal é coautora das ações junto com o Ministério Público Federal. As duas instituições protocolaram o primeiro processo no dia 30 de abril contra a empresa Engevix. A segunda ação, protocolada nesta sexta, é contra a Mendes Júnior.
Considerando reparos por danos materiais e multa, a Petrobras quer das duas companhias ressarcimento de R$ 452 milhões. Já os valores de indenização por danos morais serão quantificados no decorrer dos processos.
Ambas as queixas são referentes a pagamentos indevidos relacionados a contratos das empreiteiras com a Diretoria de Abastecimento, que já foi chefiada pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Costa, que também é réu das duas novas ações cíveis, fechou um acordo de delação premiada no ano passado e hoje colabora com as investigações em troca de penas mais brandas.
A estatal informou ainda que ingressará, também como coautora, em outros três processos contra as empreiteiras Camargo Corrêa, OAS e Galvão Engenharia. Os novos processos pedirão reembolso total de aproximadamente R$ 826 milhões, fora indenização por danos morais.
"As ações somam-se a um conjunto de medidas que estão sendo adotadas para garantir o ressarcimento integral dos prejuízos sofridos pela companhia, inclusive aqueles relacionados à sua reputação", informou a petroleira em nota.
No balanço de 2014, publicado em abril, a Petrobras divulgou que teve prejuízo de R$ 6,2 bilhões com corrupção investigada na Operação Lava Jato.
Naquela ocasião, a empresa já havia anunciado que entraria na Justiça contra as empreiteiras e ex-funcionários que tenham participado do esquema de desvios de dinheiro da estatal. O entendimento da companhia é que ela foi vítima de um grupo específico de pessoas e empresas.
Em fevereiro, o Ministério Público Federal já tinha entrado com cinco ações de improbidade administrativa contra seis empresas acusadas de envolvimento no esquema de desvio de recursos da Petrobras.
As empresas acionadas foram Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e Sanko.