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Eduardo da Fonte critica Dilma e defende Congresso independente

''O que a gente não pode ter é uma Casa submissa ao palácio. A gente tem que ter uma casa independente'', afirmou

Do JC Online
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Publicado em 15/06/2015 às 20:15
Rinaldo Marques/Alepe
''O que a gente não pode ter é uma Casa submissa ao palácio. A gente tem que ter uma casa independente'', afirmou - FOTO: Rinaldo Marques/Alepe
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No ambiente de críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), reforçado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o até então aliado do governo do PT, deputado federal Eduardo da Fonte (PP), disparou uma série de críticas à presidente. Durante visita do ministro Gilberto Occhi (PP) ao Recife, Eduardo da Fonte reforçou que seu partido atuará com independência no Congresso, se posicionando de acordo com os temas que sejam levados ao plenário. "O que a gente não pode ter é uma Casa submissa ao palácio. A gente tem que ter uma casa independente", afirmou.

O posicionamento do progressista ocorre em meio às declarações do deputado Eduardo Cunha, afirmando que dificilmente repetiria a aliança com o PT em 2018. "A questão é o momento econômico que o País tá vivendo. O enfraquecimento da presidenta não é decorrente de Eduardo Cunha. São das circunstâncias também, do ajuste fiscal, ela tomou medidas impopulares, que acredito que tenham colaborado bastante pra essa baixa na popularidade dela, quando ela aumentou a gasolina, a luz e a água, ainda mais faltando água em praticamente todo o Brasil. Medidas totalmente impopulares, que ela disse que não iria fazer, durante a eleição, e logo após a eleição, ela fez", disse Eduardo da Fonte.

Sobre a postura do seu partido na Câmara, Eduardo da Fonte declarou que a base aliada e o PP irão se comportar com independência. "Por exemplo, aumento de imposto, nós somos completamente contra. A MP da desoneração, nessa semana, nós vamos votar contra, porque somos contrários ao aumento de imposto. Acho que a forma de sair da crise não é aumentando o imposto, pelo contrário é reduzindo os gastos do governo, cortando e não sacrificando mais ainda o setor produtivo", explicou. "São questões como essa que antes a gente não via. A gente via partido votando sempre com tudo que o governo colocava. Agora não, os partidos estão mais independentes e essa é a forma que a gente conduzir no decorrer do ano", completou.

O pernambucano ainda fez críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff, alegando que a petista está fazendo uma política combinada com os bancos, junto com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Sou contrário à medida dela do aumento do juros, acho que há forma de sair da crise não aumentando a taxa de juros, porque isso engessa o setor produtivo e favorece pra aumentar o desemprego. A gente vê outros países da América do Sul com a taxa de juros de 1,5%, 2%, com uma inflação de 3%, 4%. Não se justifica o Brasil estar com 13,75% de taxa de juros. Isso é pra afugentar completamente o setor produtivo do País", disse.

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