Entre os alvos da 14ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Braskem, em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (19). A empresa é o braço petroquímico da Odebrecht.
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Os policiais deixaram o edifício da empresa levando documentos, pen-drives, arquivos eletrônicos, além de outros materiais.
A PF prendeu, nesta sexta (19), onze executivos, entre eles os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Ao todo, foram expedidos 38 mandados de busca e apreensão.
Ao autorizar a prisão do presidente da Odebrecht, o juiz federal Sérgio Moro apontou e-mail que indica que o executivo tinha conhecimento sobre propinas na Petrobras.
Moro relatou que ações da empreiteira mostraram que a corrupção não decorria de ações individuais, mas era "política da empresa", já que, segundo ele, não fizeram nada para erradicar tais atos.
O e-mail que aponta o envolvimento do executivo foi encontrado em busca feita pela PF na sede da empreiteira em novembro de 2014.
Segundo Moro, a mensagem eletrônica foi enviada pelo executivo Roberto Prisco Ramos, da Braskem a colegas da empresa, entre eles Marcelo Odebrecht.