Lavagem de dinheiro

Ministério Público acusa André Vargas de lavar dinheiro ao comprar imóvel

Protocolada na segunda (22), a denúcia diz que Vargas comprou a casa em um condomínio de luxo em Londrina, mas registrou a operação por um valor menor do que o efetivamente pago ao vendedor do imóvel

Da Folhapress
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Publicado em 23/06/2015 às 20:18
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Protocolada na segunda (22), a denúcia diz que Vargas comprou a casa em um condomínio de luxo em Londrina, mas registrou a operação por um valor menor do que o efetivamente pago ao vendedor do imóvel - FOTO: Foto: José Cruz/ Agência Brasil
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O Ministério Público Federal apresentou nova denúncia contra o ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR) sob acusação de lavar de dinheiro na compra de um imóvel de luxo em Londrina.

Se a acusação for aceita pela Justiça, Vargas poderá ser réu na segunda ação penal decorrente das investigações da Operação Lava Jato, que investiga a corrupção na Petrobras. Ele já responde a acusações de de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.

Protocolada na segunda (22), a denúcia diz que Vargas comprou a casa em um condomínio de luxo em Londrina, mas registrou a operação por um valor menor do que o efetivamente pago ao vendedor do imóvel. Também são réus a mulher, Edilaira Soares, e o irmão do ex-deputado Leon Vargas.

Segundo a denúncia, Eidilaira assinou compromisso de compra do imóvel no valor de R$ 500 mil. No entanto, o vendedor do imóvel afirmou que o imóvel foi vendido, na realidade, por R$ 980 mil. A diferença de R$ 480 mil paga "por fora", segundo o Ministério Público Federal.

O órgão afirma que a operação visou "lavar parte do dinheiro gerado pelos seus crimes e não despertar a atenção".

Em maio, Vargas e o publicitário Ricardo Hoffmann tornaram-se réus em um processo sobre o suposto esquema criminoso envolvendo contratos da agência Borghi Lowe com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde.

Segundo o Ministério Público, os contratos eram obtidos pela agência de Hoffmann através da influência de Vargas. Parte do dinheiro dos contratos era então repassada, através de fornecedores da Borghi Lowe, nas contas de empresas controladas por Vargas. As defesas de Vargas e Hoffmann contestam as acusações.

A reportagem não conseguiu contato com os advogados do ex-deputado e de seus familiares sobre a acusação de lavagem de dinheiro na compra da casa até a noite desta terça.

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