A defesa do doleiro Alberto Youssef pediu, nesta quarta-feira (24), o cancelamento da acareação entre ele e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, marcada para o próximo dia 30, na CPI da Petrobras.
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Os dois apresentaram versões contraditórias sobre determinados repasses a campanhas políticas, entre eles a da presidente Dilma Rousseff (PT), do senador Humberto Costa (PT-PE) e da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB).
Os advogados argumentam, em petição enviada ao presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), que a acareação feita entre os dois pela força-tarefa da Operação Lava Jato, na última segunda-feira (22), "já esclareceu todos os aspectos conflitantes" entre as delações de ambos.
Foram oito horas de procedimento -apenas o suposto repasse à campanha de Dilma não foi abordado, tendo sido adiado para uma futura acareação.
As principais contradições, na realidade, foram mantidas. Para as defesas, porém, isso não anula nem põe em cheque as delações, já que nenhum ponto fundamental das investigações foi afetado.
Segundo os advogados de Youssef, a acareação da força-tarefa "esvazia por completo o objeto da audiência" do próximo dia 30. A defesa ainda argumentou que o deslocamento do doleiro a Brasília teria "vultuosos custos ao erário público", já que ele precisa ser escoltado por policiais federais.
Junto com o pedido, foi enviada à CPI a íntegra do termo de acareação de Youssef e Costa.
A comissão ainda não havia analisado o pedido até a noite desta quarta-feira (24).