Operação Lava-Jato

Juiz Moro nega convocação de ministro como testemunha de ex-petista

O advogado de Vargas sustenta que o depoimento de Cardozo seria importante para esclarecer o procedimento de interceptação entre a Polícia Federal e a empresa Research In Motion, o sistema de mensagens da Blackberry, no Canadá

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Publicado em 25/06/2015 às 22:55
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O advogado de Vargas sustenta que o depoimento de Cardozo seria importante para esclarecer o procedimento de interceptação entre a Polícia Federal e a empresa Research In Motion, o sistema de mensagens da Blackberry, no Canadá - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
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Titular das ações penais da Operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro rejeitou um pedido da defesa do ex-deputado André Vargas, que se desfiliou do PT, para que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fosse ouvido como testemunha. Para o magistrado, o pedido era "manifestamente irrelevante" e "diversionista".

O advogado de Vargas sustenta que o depoimento de Cardozo seria importante para esclarecer o procedimento de interceptação entre a Polícia Federal e a empresa Research In Motion (RIM), o sistema de mensagens da Blackberry, no Canadá.

Em ações penais envolvendo outros réus que também questionavam a quebra das mensagens sem enviar um pedido ao Canadá pelos canais de cooperação internacional entre os dois países, o juiz Moro considerou desnecessária a formalidade pois trata-se de empresa estrangeira com filial brasileira, submetida, portanto, à jurisdição nacional.

"No contexto, ouvir o Ministro da Justiça sobre a interceptação do Blackberry, além de peculiar, já que não está ele envolvido nas investigações concretas, é manifestamente irrelevante", escreveu o magistrado.

"Além disso, os agentes públicos servem a comunidade e não se afigura correto dispender o seu tempo, além do desse Juízo, ouvindo-os sem que haja real necessidade", concluiu Moro.

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