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Agenda positiva ainda não resultou em melhora na avaliação do governo, diz Ibope

De acordo com a série histórica, o governo mais bem avaliado foi o de ex-presidente Lula, em dezembro de 2010, quando 80% dos brasileiros avaliaram a administração como ótimo ou bom

Da ABr
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Publicado em 01/07/2015 às 14:50
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De acordo com a série histórica, o governo mais bem avaliado foi o de ex-presidente Lula, em dezembro de 2010, quando 80% dos brasileiros avaliaram a administração como ótimo ou bom - FOTO: Foto: AFP
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A agenda positiva apresentada pelo governo federal com o intuito de reverter as avaliações negativas da população ainda não surtiu efeito na Pesquisa CNI-Ibope, divulgada hoje (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o gerente de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, é necessário tempo para que medidas como as do Programa de Investimentos em Logística e de planos voltados à safra, à agricultura familiar e às exportações se concretizem.

“Os efeitos da agenda positiva do governo provavelmente ainda não apareceram [na pesquisa] até porque eles ainda precisam ser concretizadas”, disse Fonseca ao comentar o levantamento. De acordo com a pesquisa, o governo Dilma Rousseff foi considerado ruim ou péssimo por 68% da população, em junho, quatro pontos percentuais acima dos 64% registrados em março. Já o percentual de pessoas que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 12% para 9% no mesmo período. Segundo a pesquisa, 83% desaprovam e 15% aprovam a maneira como a presidenta governa. Ainda segundo o levantamento, 78% não confiam na presidenta.

Ao ter a avaliação de seu governo desaprovada por 68% da população, Dilma bate o recorde histórico da pesquisa, acima apenas dos 64% registrados em julho de 1989 durante a gestão de José Sarney e pelo seu próprio governo em março de 2015. De acordo com a série histórica, o governo mais bem avaliado foi o de ex-presidente Lula, em dezembro de 2010, quando 80% dos brasileiros avaliaram a administração como ótimo ou bom. “O ponto mais alto foi no segundo mandato do Lula, quando o país estava crescendo e havia crescimento do emprego formal e do acesso ao crédito”, disse Renato da Fonseca.

Para o pesquisador, ajustes fiscais são, em geral, medidas impopulares e podem tornar a situação ainda pior nos próximos meses. “Estamos no meio de um ajuste fiscal que está acirrando a crise. Se considerarmos que os entrevistados pensam no bolso [quando respondem às pesquisas], a questão econômica pode afetar a popularidade da presidente, uma vez que sempre que se faz um ajuste, aplicam-se medidas impopulares. O que se espera é que isso passe rapidamente. Por isso, o que o governo deve estar pensando agora é segurar a inflação para recuperar a popularidade”.

A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 21 de junho, com 2.002 entrevistas feitas em 141 municípios. A margem de erro é 2 pontos percentuais.

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