Entrevista

Dilma nega ter recebido pressão para aplicar sanções econômicas à Rússia

Em entrevista a um canal de TV da Rússia, ela afirmou que geralmente as sanções acabam punindo não só os governos, mas também a população dos países, o que considerou ?inconcebível?

Da ABr
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Publicado em 10/07/2015 às 22:42
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Em entrevista a um canal de TV da Rússia, ela afirmou que geralmente as sanções acabam punindo não só os governos, mas também a população dos países, o que considerou ?inconcebível? - FOTO: Foto: AFP
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A presidenta Dilma Rousseff disse não acreditar em soluções políticas baseadas em sanção e negou ter recebido qualquer pressão para que o Brasil, a exemplo da União Europeia, aplique sanções econômicas à Rússia por sua participação no conflito separatista da Ucrânia. 

Em entrevista a um canal de TV da Rússia, ela afirmou que geralmente as sanções acabam punindo não só os governos, mas também a população dos países, o que considerou “inconcebível”.

“Nunca recebemos nenhuma pressão. Nós, no Brasil, somos contra qualquer política baseada em sanção. Temos uma experiência muito negativa na América Latina, que foi a sanção à Cuba,  que agora se restabeleceram as relações. Portanto, temos um claro posicionamento em todos os fóruns internacionais contra esse tipo de sanção.”

Ela concedeu a entrevista nessa quinta-feira (9), durante viagem a Ufa, na Rússia, onde participou da sétima cúpula dos Brics (bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).  

Dilma informou que conversou sobre o assunto nos encontros do bloco e assegurou que a Rússia está respaldada pelo Brasil contra a sanção. “Não só não somos a favor, como não praticamos. Para citar nosso caso mais próximo, Cuba estava sob sanção há mais de 50 anos. Nunca respeitamos esse tipo de sanção.”

Citando os investimentos que o governo brasileiro fez no porto cubano de Marial, a presidenta explicou que não é contra as sanções apenas verbalmente, mas coloca em prática esse modo de visão. Segundo ela, as economias da Rússia, China e Brasil estão passando por situações passageiras e os aportes brasileiros aos Brics não serão afetados pela crise.

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