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Eduardo Cunha na oposição causa 'crisezinha política', diz Temer

Vice-presidente tentou minimizar as críticas tanto do deputado quanto do presidente do Senado, ao governo de Dilma Rousseff

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Publicado em 20/07/2015 às 12:39
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Vice-presidente tentou minimizar as críticas tanto do deputado quanto do presidente do Senado, ao governo de Dilma Rousseff - FOTO: Foto: Arquivo/ABr
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O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirmou que a ida do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a oposição gera uma "crisezinha política", mas não uma "instabilidade institucional".

Também responsável pela articulação política do governo Dilma Rousseff (PT), Temer tentou minimizar as críticas tanto do deputado quanto do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao governo de Dilma Rousseff.

Após palestra em Nova York nesta segunda-feira (20), o vice disse que eventual afastamento de Cunha da presidência da Câmara é "uma decisão do Congresso Nacional".

"Quanto menos nós tivermos embaraços institucionais, melhor para o país", complementou.

Ele não quis comentar a delação do consultor Júlio Camargo à Operação Lava Jato, em que afirmou ter pago US$ 5 milhões em propina a Cunha. "Não é prudente", afirmou Temer.

Após a divulgação da delação, o presidente da Câmara negou as acusações e, no dia seguinte, anunciou sua saída oficial da base do governo e a ida para a oposição.

Cunha acusou o governo de ter orquestrado uma campanha contra ele e disse que há um "bando de aloprados" no Planalto que precisariam ser investigados. Segundo ele, o envolvimento de seu nome nas investigações é "tudo vingança do governo".

Questionado se a decisão do presidente da Câmara de passar para a oposição dificultará a relação com o governo Dilma, Temer voltou a dizer que a decisão é de cunho pessoal e que não foi acompanhada pelo PMDB.

RENAN CALHEIROS

Temer também relativizou as críticas de Renan Calheiros ao governo Dilma.

Em vídeo de balanço do semestre divulgado na página do Senado na noite de sexta (17), o presidente da Casa fez duras críticas ao governo e ao plano de ajuste fiscal de Dilma Rousseff e disse que o país está na "escuridão", assistindo a "um filme de terror sem fim".

Alvo de inquérito por suspeita de participação no escândalo de corrupção da Petrobras, Renan reafirmou não ter nada a ver com o caso e elogiou no vídeo Cunha.

"Tenho uma excelente relação com o presidente da Câmara e nesse semestre atuamos conjuntamente. (...) Acho que a atuação dele, sua independência, colaborou muito para este momento do Congresso Nacional."

Ao anunciar uma extensa pauta de votações de temas econômicos no segundo semestre, o presidente do Senado disse que "serão meses nebulosos", com uma agenda "muito pesada", e criticou o ajuste de Dilma, que chamou de "desajuste social".

"Os resultados do ajuste são modestos, muito aquém do prometido. (...) Ele é insuficiente, tacanho, até aqui quem pagou a conta foi o andar de baixo. Esse ajuste sem crescimento econômico é cachorro correndo atrás do rabo, circular, irracional, e não sai do lugar. É enxugar gelo até ele derreter."

O vice-presidente Temer disse que, ao classificar o ajuste fiscal de "tacanho", "Renan quis dizer que ainda não é suficiente".

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