O ministro Joaquim Levy (Fazenda) afirmou nesta terça-feira (21) que o governo pode realizar mais cortes nos seus gastos.
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"O governo já cortou e, obviamente, vai analisar se há necessidade de cortar mais. Vai tomar as medidas cabíveis. Também vai olhar a meta e ver se, dentro da situação, se tem que agir, e agir no cabível", disse o ministro em conversa com jornalistas.
Levy disse ainda que a análise de todo o cenário será feita de maneira transparente, seguindo a mesma sinalização já dada pelo governo.
Segundo o ministro, essa sinalização vai estar explícita no relatório bimestral de receitas e despesas que o Ministério do Planejamento vai divulgar nesta quarta-feira (22).
Há uma expectativa de que o governo possa rever a meta fiscal, a economia de gastos para pagamento da dívida. O ministro desconversou sobre o assunto, mas disse que a questão da meta depende de diversos fatores. A meta de superavit primário deste ano é de R$ 66,3 bilhões para o setor público (R$ 55,3 bilhões na área federal).
Durante a conversa, o ministro lembrou que a economia desacelerou, mas não somente por conta do ajuste fiscal, e lembrou que o ajuste tem um objetivo.
"Qualquer coisa que a gente faça tem que ser no contexto de construir condições para o crescimento. Mudar a meta não pode ter ilusão que acabou o ajuste. É o contrário. Vamos ter que continuar fazendo ajuste e acelerar medidas de crescimento."