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Momento não é para busca de aproximação com o governo, diz FHC

Discurso é uma resposta à pressão de outros líderes do PSDB para barrar as conversas com o governo

Da Folhapress
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Publicado em 25/07/2015 às 20:10
Foto: Wilson Dias/ABr
Discurso é uma resposta à pressão de outros líderes do PSDB para barrar as conversas com o governo - FOTO: Foto: Wilson Dias/ABr
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Em meio as críticas de setores do PSDB à tentativa de aproximação do ex-presidente Lula e do Palácio do Planalto com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o tucano publicou neste sábado (25) uma nota dizendo que "qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo".

"O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo", diz o texto no perfil do tucano em uma rede social.

A fala -uma resposta à pressão de outros líderes do PSDB para barrar as conversas- reproduz trecho de uma outra mensagem divulgada há meses pelo próprio FHC.

A articulação foi revelada pela Folha de S.Paulo na quinta (23). Cresceu após ministros da presidente Dilma Rousseff endossarem a ação dizendo que seria natural uma conversa dela com os ex-mandatários.

Na primeira ocasião, ao ser procurado para comentar, FHC, em férias, disse por e-mail que estaria disposto a um encontro, desde que houvesse uma agenda pública.

Também neste sábado, os líderes do PSDB no Senado e na Câmara, Cassio Cunha Lima (PB) e Carlos Sampaio (SP), divulgaram nota conjunta em que rechaçam uma aproximação e dizem que, com esses gestos, o PT quer fazer dos tucanos sócios na crise que dragou o governo.

Eles dizem que os petistas passaram anos "estimulando a intransigência, o rancor e dividindo o país entre nós e eles". "Agora, sob o pretexto de uma súbita preocupação com o Brasil, dizem querer buscar o diálogo com quem antes rechaçavam. Para quê? Por que só agora?", indagam.

Ligados ao senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB que até agora não falou sobre o assunto, Cunha Lima e Sampaio afirmam que petistas "não estão preocupados com o país, mas com eles mesmos".

Dilma também busca uma agenda com governadores em nome da governabilidade. Entre os citados com deferência por interlocutores da petista está o tucano Geraldo Alckmin, de São Paulo. Da ala de moderados do PSDB, Alckmin não endossa ofensivas pelo impeachment.

O senador José Serra (PSDB-SP) também foi procurado por petistas para conversar. Ele foi abordado por Lula, em maio, durante a festa de um amigo em comum. Lula disse que gostaria de conversar sobre os rumos do país.
Alckmin e Serra despontam como rivais internos de Aécio pelo posto de presidenciável do PSDB em 2018.

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