Repercussão

Líder petista diz que PF cometeu 'abuso de poder' em prisão de Dirceu

Dirceu foi preso nesta segunda na 17ª fase da Operação Lava Jato, denominada "Pixuleco"

Do JC Online
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Publicado em 03/08/2015 às 13:59
Foto: Zeca Ribeiro Câmara dos Deputados
Dirceu foi preso nesta segunda na 17ª fase da Operação Lava Jato, denominada "Pixuleco" - FOTO: Foto: Zeca Ribeiro Câmara dos Deputados
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O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), afirmou na manhã desta segunda-feira (3) que há "abuso de poder" por parte da Polícia Federal na prisão do ex-ministro José Dirceu.

"A PF está se metendo em assunto político, prendendo por mera suspeita, lidando com indícios e puxando o Brasil inteiro para uma situação perigosa. Daqui a pouco não existe mais direito", disse.

Dirceu foi preso nesta segunda na 17ª fase da Operação Lava Jato, denominada "Pixuleco". Para os investigadores, Dirceu foi um dos responsáveis por criar e comandar o esquema de corrupção na Petrobras quando era ministro da Casa Civil, no primeiro governo Lula.

O líder petista no Senado, Humberto Costa (PE), preferiu não se manifestar por enquanto.

Procurado, o Instituto Lula não se manifestou. A assessoria de imprensa do presidente do PT, Rui Falcão, ainda não sabe se ele irá se manifestar.

Está marcada para a tarde desta segunda (3), em Brasília, uma reunião da maior corrente do PT, Construindo um Novo Brasil (CNB). Também nesta segunda (3), a presidente Dilma Rousseff convidou lideranças da base aliada para um jantar no Palácio da Alvorada -esse encontro já estava previsto.

Petistas acreditam que a prisão de Dirceu deve dominar a pauta de ambos os encontros.

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão e sócio de Dirceu na JD Consultoria, também foi detido. Outro detido é Roberto Marques, ex-assessor do petista.

Eles estão na superintendência da PF em Brasília e devem ser transferidos para Curitiba, onde ficarão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal.

As investigações apontam que o ex-ministro repetiu, na Petrobras, o mesmo esquema criado no mensalão. Segundo o procurador federal Carlos Fernando dos Santos Lima, Dirceu tinha "responsabilidade de indicar nomes" no primeiro governo Lula.

"Ele aceitou a indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços na Petrobras, e essa diretoria começou todo um trabalho de cooptação de empreiteiras, dando início ao esquema na estatal", disse o procurador.

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