Após ter cancelado por decisão judicial a acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, prevista para esta quinta-feira (6), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras marcou para esta quinta-feira o depoimento de Milton Pascowitch. A informação foi repassada nesta quarta-feira (5) pelo presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB).
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Motta informou que o juiz da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, Sérgio Moro, autorizou o depoimento de Pascowitch. Além de pedir a autorização do depoimento, a CPI também solicitou o acesso ao conteúdo da delação premiada dele, mas o pedido foi indeferido por Moro.
Na terça-feira, a defesa de Costa apresentou um atestado médico, acatado por Sérgio Moro, pedindo a suspensão da acareação. Ao atender o pedido, Moro determinou que Costa só poderá se apresentar à CPI em 15 dias, a partir de 30 de julho.
Segundo a Polícia Federal, os depoimentos do delator foram essenciais para justificar a prisão do ex-ministro José Dirceu, na 17ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pixuleco.
Em acordo de delação premiada, o lobista Milton Pascowitch disse que intermediou o pagamento de propina a Dirceu e ao Partido dos Trabalhadores, usado em campanhas eleitorais. Em nota, o PT disse que as doações para campanha eleitoral ocorreram dentro da lei. Publicada no site oficial e assinada pelo presidente nacional do partido, Rui Falcão, a nota afirma que as doações foram feitas por meio de transferência bancária e declaradas à Justiça Eleitoral.
Motta informou que o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus que suspende a aprovação da quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de duas filhas, da mulher e da irmã do doleiro Alberto Youssef, respectivamente, Taminy Youssef, Kemelly Caroline Fujiwara Youssef, Joana Darc Fernandes Youssef e Olga Youssef.