Em meio a uma crise política no país e de especulações sobre eventual impeachment, a presidente Dilma Rousseff aproveitou cerimônia de formatura de novos diplomatas para destacar a necessidade de se aceitar a decisão das urnas.
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Em discurso nesta quarta-feira (12), Dilma afirmou que o prestígio do Brasil no exterior é decorrente do respeito à soberania nacional.
"O Estado nacional brasileiro só é respeitado no mundo na medida em que em nosso território se exerce e se respeita plenamente a soberania popular. Essa soberania significa submissão à vontade geral expressa nas urnas", afirmou para uma plateia de diplomatas e convidados, no Palácio Itamaraty.
Na avaliação da presidente, o país ainda vive a construção de sua democracia, uma vez que ela é "bastante complexa e inconclusa".
"Inconclusa porque toda democracia é um processo constante, permanente e infindo, que ganha novas dimensões constantemente, novas metas, novos objetivos", afirmou.
ECONOMIA
Em um discurso de pouco mais de 20 minutos, Dilma defendeu as medidas de ajuste fiscal, afirmando que foram tomadas a partir do cenário econômico mundial.
Ela afirmou que a economia internacional ainda vive "grandes incertezas" e que a crise de 2008 ainda repercute, principalmente em países em desenvolvimento.
"Essa foi a principal razão das medidas econômicas que tivemos de adotar recentemente para minorar efeitos locais de uma prolongada recessão mundial. O reequilíbrio que estamos implementando deverá restaurar em breve, não só as bases de um novo ciclo de crescimento, como deve melhorar a nossa inserção competitiva no mundo", resumiu.