Diplomacia

Brasil e Alemanha fazem acordo para transferência de tecnologia de defesa

De acordo com o ministro, o detalhamento dos produtos e a troca de tecnologias são bastante demorados. Os prazos para concretização de um negócio chegam a três anos

Da ABr
Cadastrado por
Da ABr
Publicado em 20/08/2015 às 20:46
Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR
De acordo com o ministro, o detalhamento dos produtos e a troca de tecnologias são bastante demorados. Os prazos para concretização de um negócio chegam a três anos - FOTO: Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR
Leitura:

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, e o vice-ministro de Defesa da Alemanha, Ralf Brauksiepe, fizeram nesta sexta-feira (20) uma declaração conjunta sobre cooperação entre os dois países em missões de paz e no desenvolvimento de tecnologias de defesa. Segundo Wagner, a reunião não resultou em nenhum novo projeto, mas criou condições para que isso ocorra no futuro.

“Eles [os alemães] têm um processo de acordo conosco no desenvolvimento de lançadores de microssatélites. Hoje, abrimos a possibilidade também na área de manutenção de submarinos e de desenvolvimento de tanques, porque já usamos os alemães. Firmamos a posição de não ser somente compradores, mas de desenvolver produtos em conjunto onde haja transferência de tecnologias”, afirmou Wagner.

De acordo com o ministro, o detalhamento dos produtos e a troca de tecnologias são bastante demorados. Os prazos para concretização de um negócio chegam a três anos.

Os ministros também concordaram com a importância de desenvolver cooperações em missões de paz das Nações Unidas. Jaques Wagner citou a Unifil, a missão de paz no Líbano, em conjunto entre Brasil e Alemanha, com comando brasileiro.

O ministro brasileiro também destacou a promulgação do chamado acordo-quatro de cooperação na área de defesa. “É um acordo guarda-chuva, que permite o incremento do relacionamento na área de defesa”, disse. O acordo foi publicado nesta quarta-feira (19) no Diário Oficial da União.

Segundo o Ministério da Defesa, o acordo abre espaço para atuação, por exemplo, em assuntos relacionados à política de defesa, treinamento e operações militares, pesquisa e desenvolvimento, aquisição de produtos, serviços de defesa e apoio logístico, além de assessoramento em equipamentos de defesa, compartilhamento de conhecimentos e experiências nas áreas de ciência e tecnologia e intercâmbio de informações relacionadas a assuntos de segurança internacional.

O documento permite também o compartilhamento de experiências sobre questões relacionadas à prevenção de conflitos internacionais e a operações de gerenciamento de crises.

Últimas notícias