Lideranças da oposição do Senado criticaram na tarde desta segunda-feira (24) a decisão do governo Dilma Rousseff de fazer em setembro uma reforma administrativa na qual deverá cortar até dez ministérios. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), classificou o anúncio como "cortina de fumaça" no momento em que o vice-presidente Michel Temer deve deixar o "varejo" da articulação política.
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"O governo, na voz do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, atua de forma atabalhoada e irresponsável. Esse anúncio sem qualquer detalhe gera insegurança e desconfiança no mercado e faz o País perder credibilidade", afirmou Caiado.
O líder da oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), disse que a medida seria muito boa se fosse verdade. "Esse anúncio pode gerar falsa expectativa. É evidente que, com 39 ministérios, não temos governo, temos desgoverno", disse, "É uma reforma de profundidade que se exige e não me parece que um governo fragilizado politicamente tenha condições de promover a reforma estrutural que o país exige", avaliou.
Por sua vez, o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que o problema do governo é que ele "não age por convicção só age sob pressão". "Dez ministérios a menos dariam credibilidade a Dilma se ela tivesse tomado esta atitude antes de assumir a Presidência. A medida agora, que se adotada será bem-vinda, não dará 'selo de qualidade' ao governo até porque o que é feito sob pressão não recupera credibilidade", afirmou.