Afastamento

PT lidera 'fora Cunha' na Câmara

O PSB é o segundo partido com mais parlamentares aprovando a ideia

Da Folhapress
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Publicado em 27/08/2015 às 15:48
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O PSB é o segundo partido com mais parlamentares aprovando a ideia - FOTO: Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
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Os petistas são maioria entre os 35 deputados que apoiam publicamente o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara. Ao todo, 18 parlamentares do PT assinam a nota que defende a medida, o que corresponde a quase 30% da bancada de 63 deputados.

O PSB é o segundo partido com mais parlamentares aprovando a ideia -18% do total de deputados do partido. Além deles, há deputados também do PPS, PR, PROS, PSC, PMDB e PSOL, sigla que liderou a iniciativa de pedir a saída de Cunha do cargo.

Desde a última quinta-feira (20), quando a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou denúncia contra o presidente da Câmara por corrupção e lavagem de dinheiro ao STF (Supremo Tribunal Federal), um grupo saiu em defesa do afastamento de Cunha do comando da Casa.

"A diferença da condição de um investigado em inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa", destaca a nota suprapartidária assinada pelos 35 deputados.

Apesar de a lista conter menos de 7% dos 513 deputados da Câmara, o grupo que lidera a iniciativa, composto, entre outros, do líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), e também de Ivan Valente (PSOL-SP), Alessandro Molon (PT-RJ), Julio Delgado (PSB-MG) e Silvio Costa (PSC-PE), acredita em novas adesões nos próximos dias.

Nos corredores da Câmara, deputados aguardam reuniões de suas respectivas bancadas para serem liberados a apoiar o afastamento de Cunha da Presidência da Casa. PSB, PDT, PT e PCdoB cancelaram as reuniões semanais das respectivas bancadas nesta semana.

O grupo vai também procurar apoio de entidades da sociedade civil em busca de pressão popular para conseguir afastar Cunha do cargo.

Para Chico Alencar, é estranho o silêncio do presidente da Câmara ao longo dessa semana. "É um silêncio ensurdecedor", completou Ivan Valente.

Desde a formalização da denúncia, Cunha não falou publicamente sobre o fato. Divulgou uma nota na quinta passada, mas evitou comentar pessoalmente, alegando sempre que os assuntos referentes às denúncias de envolvimento na Lava Jato são de competência de seu advogado.

Na segunda-feira (24), reuniu aliados na residência oficial da Câmara e se defendeu das acusações, alegando ainda que novas delações devem atingir o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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