STF

Pedro Corrêa deve ser primeiro político a fazer delação na Lava Jato

Quando foi preso na Lava Jato, Corrêa já cumpria pena pela condenação no STF por seu envolvimento com o mensalão em 2012

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Publicado em 31/08/2015 às 10:40
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Quando foi preso na Lava Jato, Corrêa já cumpria pena pela condenação no STF por seu envolvimento com o mensalão em 2012 - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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O advogado Michel Saliba deixa nesta segunda-feira (31) a defesa do ex-deputado federal e ex-presidente do PP (Partido Progressista) Pedro Corrêa, preso pela Operação Lava Jato. Com isso, Corrêa deve ser o primeiro político a fechar delação premiada com o Ministério Público, assumindo participação em crimes e revelando detalhes do esquema de corrupção da Petrobras em troca de benefícios, como eventual redução de pena.

A defesa do ex-deputado deve ficar sob os cuidados do advogado Adriano Bretas, além de Alexandre Loper, que já atuava no caso. Saliba e Corrêa devem se encontrar nesta segunda no Paraná, onde o ex-deputado está preso.

Saliba descartou trabalhar com delação premiada porque considera incompatível uma vez que tem outros seis clientes investigados na Lava Jato pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Corrêa disse a pessoas próximas que pode oferecer aos procuradores da Lava Jato detalhes sobre as indicações políticas para cargos em órgãos do governo federal e a distribuição da propina do esquema a congressistas.

Quando foi preso na Lava Jato, Corrêa já cumpria pena pela condenação no STF por seu envolvimento com o mensalão em 2012.

Na quarta-feira (26), Corrêa prestou depoimento à Justiça Federal em um dos processos da Lava Jato e disse que seus familiares não têm qualquer envolvimento com os fatos investigados no caso.

Segundo o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delatores da Lava Jato, Corrêa recebia pagamentos mensais do esquema e era um dos líderes do PP que decidiam como distribuir os recursos destinados ao partido.

Segundo Costa, ele recebeu R$ 5,3 milhões só na campanha eleitoral de 2010. Sua filha, a ex-deputada Aline Corrêa (PP-SP), também recebia pagamentos mensais do esquema, de acordo com Youssef.

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