OPERAÇÃO

Na segunda etapa da Zelotes, polícia cumpre mandados em SP, RS e DF

Objetivo da operação é combater esquema de vendas de sentenças no Carf, vinculado ao Ministério da Fazenda

Da Folhapress
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Publicado em 03/09/2015 às 11:23
Foto: Receita Federal
Objetivo da operação é combater esquema de vendas de sentenças no Carf, vinculado ao Ministério da Fazenda - FOTO: Foto: Receita Federal
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (3) a segunda etapa da Operação Zelotes, de combate a um esquema de vendas de sentenças no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), vinculado ao Ministério da Fazenda.

Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em escritórios de contabilidades, sendo cinco no Distrito Federal, um em São Paulo e três no Rio Grande do Sul. Os alvos, de acordo com a Receita Federal, que também participa da ação, são 12 empresas e 11 pessoas físicas.

Os escritórios visitados pelos policiais nesta quinta prestam serviços a empresas investigadas durante a primeira etapa da operação, em março. Em parte delas já havia ocorrido buscas e apreensões.

A Justiça também autorizou a quebra de sigilos fiscal, bancário e telemático de todo o material apreendido.

ZELOTES

Deflagrada em março, a primeira fase da operação identificou indícios de irregularidades em 74 processos que tramitavam no Carf.

Cada uma das empresas tem diferentes níveis de envolvimento no esquema de compra de sentenças desvendado pelo Ministério Público Federal e pela PF, em conjunto com a Receita.

Segundo investigadores, muitas subornaram integrantes do Carf, colegiado responsável por julgar, em segunda instância, recursos de contribuintes autuados pela Receita. Outras, porém, foram procuradas por facilitadores que intermediavam o suborno a conselheiros do órgão, mas ainda não há contra elas elementos que comprovem o pagamento da propina.

Os casos que os investigadores consideram ter indícios mais consistentes atingem processos dos grupos Gerdau e RBS; das companhias Cimento Penha, Boston Negócios, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio, Mundial-Eberle; das empresas do setor automotivo Ford e Mitsubishi, além de instituições financeiras, como Santander e Safra.

As companhias negam irregularidades.

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