Operação Lava Jato

PF indicia Vaccarezza e mais dois deputados na Lava Jato

Eles são investigados por recebimento de propina oriunda de contratos da Petrobras

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 03/09/2015 às 19:43
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
Eles são investigados por recebimento de propina oriunda de contratos da Petrobras - FOTO: Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
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A Polícia Federal indiciou os deputados Vander Loubet (PT-MS), Nelson Meurer (PP-PR) e o ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) investigados na Operação Lava Jato, por recebimento de propina oriunda de contratos da Petrobras. O inquérito aponta indícios de corrupção passiva dos três políticos.

Segundo o documento, Cândido Vaccarezza teria recebido em seu apartamento, em São Paulo, valores do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato, a mando do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para a campanha de 2010.

O inquérito da PF concluiu, com base em provas documentais e testemunhais, que houve corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo deputado Vander Loubet. Segundo a PF, em razão do cargo de deputado federal, o parlamentar teria recebido R$ 1 milhão de Youssef a mando de Pedro Paulo Leoni Ramos.

Segundo a PF, uma parte dos valores teria sido entregue em Campo Grande (MS) e outra parte teria sido depositada em contas de terceiras pessoas, que teriam dado suporte a Vander Loubet em sua campanha eleitoral de 2010.

O inquérito aponta ainda que Nelson Meurer recebeu 2 parcelas de R$ 250 mil como propinas para campanha eleitoral de deputado federal em 2010. Os valores teriam sido travestidas de doações eleitorais feitos pela empreiteira Queiroz Galvão, ordenadas por Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoide de Moraes Filho - executivos da construtora, indiciados por corrupção ativa - a pedido de Costa, também indiciado por corrupção ativa. Os repasses para Meurer ocorreram, segundo a PF, por orientação do doleiro Alberto Youssef.

De acordo com a Polícia Federal, Nelson Meurer recebeu entre meados de 2008 e abril de 2013 - enquanto Costa era diretor da Petrobras - propina "oriunda de contratos da diretoria de Abastecimento mediante comparecimento pessoal no escritório de Youssef em São Paulo".

Meurer teria recebido também, em Curitiba, mediante entregas do carregador de malas Rafael Ângulo, que trabalhava com Youssef, valores que giravam em R$ 150 mil, "perfazendo 11 momentos de corrupção a totalizar R$ 1,65 milhão". Segundo laudo da PF, Meurer recebeu ainda R$ 42 mil e 10 mil em propinas por ordem de Costa.

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