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Jarbas Vasconcelos defende cortes nos programas sociais

Deputado federal afirmou que os cortes do governo federal devem atingir todas as áreas

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 14/09/2015 às 16:37
Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
Deputado federal afirmou que os cortes do governo federal devem atingir todas as áreas - FOTO: Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) defendeu, nesta segunda-feira (14), que os cortes que o governo federal fará cheguem também aos programas sociais. "A pessoa só dá o que pode. Se o governo não pode ter um número de pessoas beneficiadas, então tem a obrigação de fazer isso", afirmou. A decalaração foi dada durante almoço oferecido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon/PE), que reuniu cerca de 140 empresários ligados ao setor. 

A resposta veio após o questionamento de um empresário sobre os cortes prometidos pelo governo, mas ainda não anunciados. "Além disso, demitir os funcionários desnecessários, os comissionados", completou Jarbas. O deputado defendeu, ainda, que os ministérios, atualmente em 39, sejam reduzidos para cerca de 12. 

"O corte tem que abranger tudo, inclusive programas sociais. Você só faz o que pode, se não pode fazer, tem que reduzir. Não é acabar, não estou falando em acabar. É a redução deles", disse Jarbas. "Eu não imagino um corte hoje que exclua qualquer coisa. Um corte para valer, diante da situação que ela levou o País, tem que ser um corte verdadeiro, um corte sem ser pela metade. Ela (Dilma) está anunciando esse corte de vem quando. Ontem (domingo, 13) passou o dia reunida, mas não me parece ainda uma coisa muito clara, transparente", acrescentou.

No almoço, o parlamentar também defendeu a saída de Dilma Rousseff (PT) do governo, através da renúncia ou do impeachment. "A crise vai se agravar ainda e acredito que ela possa reununciar no momento em que o País se inviabilizar. Se não, vamos para um processo de impeachment. Para o País, seria muito melhor que ela reunciasse. Não há como aguentar essa situação até o final do ano", declarou. 

Com a saída de Dilma, Jarbas defendeu um governo de coalizão de Michel Temer (PMDB), atual vice-presidente. "Será uma travessia penosa, mas uma eleição agora vai desmantelar ainda mais o País. Quem a gente tem para ser presidente? Michel temer. Vou tentar ajudar nesse contexto", afirmou. "Hoje é muito difícil chegar aqui e dizer o que vai acontecer com o País. Estamos às vésperas de grandes acontecimentos. Nos meus 45 anos de vida pública, nunca vi uma crise como esta que estamos passando", disse. 

Jarbas também defendeu a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados. Recentemente, um manifesto pedindo o afastamento devido a investigações da Operação Lava Jato reuniu apenas 38 assinaturas de deputados. "Muitos me disseram que, se o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitar a denúncia contra ele, assinam", explicou. 

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