Lava Jato

Sérgio Moro ouve testemunhas sobre participação da Andrade Gutierrez em desvios

As investigações já resultaram na prisão do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, no dia 19 de junho

Do JC Online
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Publicado em 15/09/2015 às 15:10
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As investigações já resultaram na prisão do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, no dia 19 de junho - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Três testemunhas serão ouvidas nesta terça-feira (15) pela Justiça Federal no Paraná, pela 14ª fase da Operação Lava Jato. Os depoimentos referem-se à participação da Andrade Gutierrez no desvio de recursos da Petrobras. As audiências serão com o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton dos Santos Avancini, por videoconferência com Valmir Pinheiro Santana, da construtora UTC, e com Maurício Godoy, executivo do grupo Toyo Setal.

De acordo com a assessoria do tribunal, os três falarão sobre a participação da Andrade Gutierrez no clube de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção que fraudava licitações da Petrobras. Por meio desse cartel, grande quantidade de recursos foi desviada da estatal para empresas, agentes públicos, políticos e partidos políticos. Os depoimentos serão prestados ao juiz Sérgio Moro. As investigações já resultaram na prisão do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, no dia 19 de junho.

Na segunda-feira (14), quem prestou depoimento foi o ex-gerente de Serviços da Petrobras e delator da Operação Lava Jato, Pedro Barusco. Ele acusou o ex-diretor da estatal Jorge Zelada de receber propina de empreiteiras que participavam do esquema de cartel de licitações na empresa. Zelada é réu em uma ação penal e está em um presídio na região metropolitana de Curitiba desde julho.

Barusco assinou acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal e confirmou ao juiz Sergio Moro que Zelada participou da divisão de propina enquanto trabalhou na diretoria de Serviços da Petrobras. Em 2008, Zelada substituiu Nestor Cerveró, que também é investigado, na diretoria internacional, e permaneceu no cargo até 2012. Barusco citou a construção da Plataforma P-51 entre os contratos em que houve pagamento de propina.

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