O juiz Sergio Moro autorizou que o ex-vice-presidente da Engevix Gerson Almada preste depoimento à CPI dos fundos de pensão da Câmara dos Deputados.
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Em despacho, o magistrado federal deu permissão para que ele se desloque nesta terça-feira (22) a Brasília.
O advogado do executivo, Antonio Sergio Pitombo, confirmou a presença dele na comissão de inquérito e disse que ainda avalia se ingressará com pedido de autorização judicial que garanta o direito de seu cliente ficar em silêncio durante o depoimento.
Em maio, Almada permaneceu calado durante sessão na CPI da Petrobras e acabou sendo dispensado.
Na última terça-feira (15), Moro aceitou denúncia do Ministério Público Federal contra o executivo por envolvimento nos desvios de recursos da Petrobras.
Em depoimento à Operação Lava Jato, Almada afirmou que o lobista Milton Pascowitch e o ex-tesoureiro nacional do PT João Vaccari Neto pediram que a Engevix fizesse doações eleitorais ao partido.
Segundo ele, entre 0,5% e 1% dos contratos celebrados entre a Engevix e a Petrobras intermediados por Milton Pascowitch era repassado ao lobista.
O executivo disse ainda que contratou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para representar a Engevix no exterior após o petista colocar-se "à disposição".
A empreiteira celebrou um contrato com a JD Assessoria, empresa de Dirceu, por aproximadamente um ano, de acordo com o empresário.