Logo após se reunir mais uma vez com a presidente Dilma Rousseff o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (22) que, se houver a segurança de que há votos suficientes para manter os vetos presidenciais, o ideal é realizar a sessão conjunta das duas Casas Legislativas marcada para as 19 horas.
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"Eu acho que, se houver uma maioria que desfaça qualquer possibilidade de desarrumar ainda mais a questão fiscal, acho que deve apreciar", disse ele, que mais cedo já havia defendido o adiamento da sessão do Congresso.
Renan disse que vai conversar com os líderes partidários para definir qual é a melhor estratégia a adotar. Entre as possibilidades discutidas, está a manutenção do veto ou o adiamento da sessão. "Vamos (avaliar) pensando no Brasil e guardando a responsabilidade fiscal e vendo o que nós vamos fazer com a sessão do Congresso Nacional que está convocada", disse ele, que entrou para reuniões com líderes partidários.
Para derrubar qualquer um dos 32 vetos da pauta, são necessários o voto de pelo menos 257 deputados e 41 senadores conjuntamente. Líderes governistas passaram o dia de ontem e hoje fazendo contas dos apoios e avalia que pode ter votos suficientes pelo menos no Senado para manter os vetos, em especial o que concede reajuste de 59,5% para os servidores do Poder Judiciário entre 2015 e 2019, cujo impacto será de R$ 36,2 bilhões.
Renan não conseguiu sequer falar sobre como foi o encontro com Dilma. Na hora da resposta, ele foi interrompido por gritos de "sessão, sessão" por servidores do Judiciário que haviam feito um corredor para cercá-lo no trajeto que ele fez até o gabinete. Um dos vetos a ser apreciado hoje é o que concede reajuste escalonado de até 78% para estes trabalhadores.