Precaução

Após fatiamento, Janot estuda como manter padrão da Lava Jato

Nos próximos dias, procurador-geral vai receber em Brasília os procuradores da força-tarefa da Lava Jato que atuam em Curitiba

Da Folhapress
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Publicado em 24/09/2015 às 21:37
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Nos próximos dias, procurador-geral vai receber em Brasília os procuradores da força-tarefa da Lava Jato que atuam em Curitiba - FOTO: Foto: Lula Marques / Fotos Públicas
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Antecipando-se a novos desmembramentos, depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) fatiou a Operação Lava Jato, o grupo de trabalho da PGR (Procuradoria-Geral da República) que atua no caso se reuniu nesta nesta quinta (24) para estudar medidas para manter o padrão operacional adotado até agora.

Entre as medidas cogitadas está a edição de um manual para "treinar" novos procuradores que, eventualmente, venham a assumir partes da investigação. Conforme a reportagem apurou, a PGR não quer que os procuradores tenham uma "visão atomizada", mas que enxerguem a organização criminosa investigada "como um todo".

Há também o temor de que, se partes da operação forem enviadas para a Justiça de outros Estados, a investigação perca fôlego ou caia na burocracia local.

Nos próximos dias, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai receber em Brasília os procuradores da força-tarefa da Lava Jato que atuam em Curitiba. O encontro será para discutir as medidas. Internamente, membros da PGR têm dito que será preciso "reinventar a estratégia".

Uma possibilidade discutida nesta quinta é escrever um manual, com dados gerais sobre a organização criminosa investigada e os procedimentos já adotados, destinado a procuradores que venham a assumir o caso.

Outra medida pode ser a criação de uma força-tarefa voltante, que circule pelas cidades para onde forem enviados os inquéritos, se isso ocorrer. Ou, ainda, a capacitação e a implantação de várias forças-tarefas, nos padrões da de Curitiba.

Contrariando a posição do Ministério Público, o STF aprovou nesta quarta (23) o primeiro fatiamento das investigações. A decisão abre caminho para tirar das mãos do ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF, e de Sergio Moro, juiz do Paraná responsável, até aqui, pela Lava Jato, casos ligados à operação que não tenham conexão direta com a corrupção na Petrobras.

A divisão da Lava Jato foi discutida no STF com base em um caso concreto, que envolve investigação sobre a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A decisão vale apenas para esse caso, mas abre precedentes para que se repita em outros.

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