O ministro Joaquim Levy (Fazenda) afirmou que o volume de reservas em moeda estrangeira do país é "muito significativo" e, por isso, o Brasil "está protegido".
Leia Também
"Temos US$ 370 bilhões de reservas. É mais de R$ 1 trilhão", afirmou na noite desta quinta-feira (24) após participar de evento em São Paulo promovido pela revista "Istoé Dinheiro".
Mais cedo, diante de nova disparada da cotação do dólar, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, dissera que recursos das reservas poderiam ser vendidos para segurar a alta da moeda americana.
Levy afirmou que o uso das reservas é uma possibilidade, mas que a decisão cabe ao BC.
"Temos as ferramentas de proteção para um momento de um pouquinho mais de turbulência. Estamos garantindo o bom funcionamento dos mercados e da economia", disse.
O Tesouro Nacional também interveio no mercado nesta quinta-feira (24), ao anunciar um programa de compra e venda de títulos públicos com o objetivo de conter a volatilidade dos juros futuros.
"Na área do Tesouro, a partir de março, acumulamos recursos adicionais que nos permitem nesse momento dar fôlego aos investidores", disse.
Levy afirmou ainda que as operações de swap cambial (renegociações de contratos de câmbio) feitas pelo BC vêm garantindo que as empresas brasileiras passem pelo momento de alta do dólar. Ele negou que o mecanismo seja usado para interferir na cotação do dólar.
"Não é feito para interferir no preço, para baixar o dólar ou coisa assim, porque isso não é assim que a gente faz", disse. "A política do swap às vezes é muito mal entendida. As pessoas acham que têm custo. Na verdade, é exatamente um seguro, uma proteção para as empresas. Uma parte muita significativa dos swaps tem sido comprada pelas empresas".