O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a se negar na noite desta quarta-feira (30) a dizer se ele e familiares têm contas bancárias na Suíça.
Autoridades daquele país enviaram ao Brasil dados de contas secretas que, segundo a Procuradoria-Geral da República, são do presidente da Câmara e de familiares. Cunha foi denunciado pela Procuradoria sob acusação de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
"Querido, eu não vou comentar. Na medida que dizem que tem alguma coisa, vamos esperar que apareça. Não vou comentar, não vou cair na armadilha de dar para você qualquer tipo de lide [principal informação de uma reportagem] dessa situação", afirmou Cunha, em entrevista coletiva.
Ele disse que só seu advogado irá se manifestar. "Não há o que falar, não vou ficar todo dia fomentando, amanhã vai surgir outra coisa, vai ser assim, já estou preparado. Tenho que cumprir a orientação dele [advogado] que me proibiu de falar, se eu falar é capaz de ele não querer me defender mais", acrescentou o peemedebista.
Desde que seu nome surgiu com mais ênfase no escândalo, Cunha acusa o governo de agir nos bastidores para incriminá-lo. Ele também diz que a Procuradoria escolheu a quem investigar.
"Está muito claro para mim que a cada dia sempre surge uma coisa nova. A minha é escolha é uma coisa que já tá feita há muito tempo."