MINISTÉRIOS

Reforma corta oito ministérios, 30 secretarias e proíbe viagem em 1ª classe

Três mil cargos comissionados também foram cortados na reforma administrativa

Da Folhapress e Agência Brasil
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Publicado em 02/10/2015 às 11:37
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Três mil cargos comissionados também foram cortados na reforma administrativa - FOTO: Foto: Agência Brasil
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A presidente Dilma Rousseff acaba de anunciar a reforma ministerial que reduz em oito o número de ministérios. A nova configuração ministerial, finalizada ontem (1°) com a ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclui a extinção e fusão de pastas e a realocação de titulares dos ministérios. Em conjunto com sua nova equipe ministerial, Dilma vai cortar também cerca de 3 mil cargos comissionados dentro do governo e 30 secretarias da Esplanada dos Ministérios. O pernambucano Armando Monteiro Neto (PTB) foi mantido no Ministério do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior.

A presidente corta apenas oito ministérios, abaixo de sua meta original, de dez. A redução do número ocorreu para atender principalmente o PMDB e o PT.

Entre as medidas, o governo anunciou a criação de um limite de gastos com telefonia, passagens aéreas e diárias, além do corte de 10% na remuneração dos ministros e a revisão de todos os contratos de aluguel e de prestação de serviço. Os ministros não poderão mais viajar em primeira classe e apenas eles terão direito a carro oficial no governo.

A presidenta anunciou ainda a definição de metas de eficiência no uso de água e energia. Outro anúncio foi a redução em até 20% dos gastos de custeio e de contratação de serviços terceirizados.

“Com essas iniciativas, que terão que ser reforçadas permanentemente, queremos contribuir para que o Brasil saia mais rapidamente da crise, crescendo, gerando emprego e renda. Essa reforma vai nos ajudar a efetivar as medidas já tomadas para o reequilíbrio fiscal e aquelas que estão em andamento", disse a presidente.

"Vai propiciar, portanto, o reequilíbrio fiscal, o controle da inflação e consolidar a estabilidade macroeconômica aumentando a confiança na economia”, completou.

MINISTÉRIOS

A principal mudança é a saída do ministro Aloizio Mercadante da Casa Civil, que passará a ser comandada pelo ministro Jaques Wagner, que deixa a Defesa. Para o lugar de Wagner vai o ministro Aldo Rebelo.

O representante do PC do B deixará o Ministério da Ciência e Tecnologia, para o qual vai o deputado peemedebista Celso Pansera (RJ), ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Para a Saúde, vai o deputado piauiense Marcelo Castro, indicado pelo PMDB. Ele promete não ceder a pressões da bancada para promover uma distribuição política das verbas do setor.

Além da troca no Palácio do Planalto, a reforma ministerial vai ampliar de seis para sete ministérios o espaço do PMDB no governo para garantir apoio à presidente e evitar a abertura de um processo de impeachment contra ela na Câmara dos Deputados.

Veja a lista com os novos nomes e suas respectivas pastas:

Ricardo Berzoini - Secretaria de Governo

Miguel Rossetto - Ministério do Trabalho e Previdência Social

Nilma Lino Gomes - Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos

Marcelo Castro - Ministério da Saúde

Aloizio Mercadante - Ministério da Educação

Jaques Wagner - Casa Civil

Aldo Rebelo - Ministério da Defesa

Celso Pansera - Ministério da Ciência,Tecnologia e Inovação

Helder Barbalho - Secretaria de Portos

André Figueiredo - Ministério das Comunicações

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