Com um tom conciliador, o ex-ministro da Defesa e ex-governador da Bahia Jaques Wagner assumiu nesta quarta-feira (7) o comando da Casa Civil no lugar de Aloizio Mercadante, que passa a ser o ministro da Educação. Em discurso de transmissão do cargo, Wagner negou o status de “superministro” e de “salvador da pátria”, disse que pretender trabalhar em equipe e buscar o diálogo com os que apoiam o governo e também com a oposição.
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“Vou tentar, à frente da Casa Civil, repetir aquilo que considero que foi exitoso à frente do governo do estado da Bahia: entender as nossas diferenças e compreender a riqueza da pluralidade, que é própria da democracia”, discursou o Wagner. O petista fez um pedido para que todos coloquem as “diferenças menores de lado” em prol da superação do momento de crise enfrentado no país. “Não creio que nenhuma interrupção na democracia, na naturalidade da democracia possa contribuir para melhorar o país que queremos. É preciso ter serenidade para que a gente possa enfrentar esse momento e fazer aquilo que a nossa gente precisa”.
O novo ministro da Casa Civil prometeu estar aberto ao diálogo e ser um colaborador para o trabalho dos demais ministros. “Felizmente, estamos completando 30 anos de democracia ininterrupta e considero que essa é a conquista maior do povo brasileiro. Viver na democracia é conviver na diversidade. Não tenho dúvida que essa seja a marca maior da minha trajetória política: a humildade, a abertura ao diálogo, tendo posições firmes, mas sempre sabendo submetê-las ao confronto de ideias”.
Jaques Wagner reconheceu que o Brasil enfrenta um momento de dificuldades econômica e política e uma crise ética, mas que os problemas atuais contribuirão para que o país melhore suas as relações entre o público e o privado. “Não tenho dúvida que todo o sofrimento que estamos passando vai fazer brotar um Brasil mais maduro na sua democracia e melhor na sua relação público/privada – que precisa ser mais transparente”.