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Dilma vê 'luz no fim do túnel', mas espera 'compromisso' do Congresso com País

"É fundamental que os interesses do Brasil sejam preservados", disse a presidente sobre a análise dos vetos presidenciais

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 07/10/2015 às 10:58
Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR
"É fundamental que os interesses do Brasil sejam preservados", disse a presidente sobre a análise dos vetos presidenciais - FOTO: Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR
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A presidente da República, Dilma Rousseff, disse que, a despeito da crise que assola o País, vê "luz no fim do túnel", mas desde que o Congresso Nacional também faça a sua parte na apreciação dos vetos presidenciais. "Estou vendo luz no fim do túnel, mas o Congresso Nacional tem de mostrar seu compromisso com o País", disse Dilma, em entrevista às rádios Metrópole de Salvador e Barreiras, na Bahia, onde cumpre agenda na tarde desta quarta-feira (7), em cerimônia de entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida. 

Ao falar da análise dos vetos presidenciais pelo Congresso, Dilma mandou um recado aos parlamentares, ressaltando que é importante que deputados e senadores coloquem os interesses do País acima dos partidários e pessoais. "É fundamental que os interesses do Brasil sejam preservados". E voltou a alertar que é impossível, neste momento de crise, o País aumentar desproporcionalmente as suas despesas. 

Na terça-feira (6), por falta de quórum, a sessão conjunta da Câmara e Senado para análise dos vetos foi mais uma vez adiada. Entre os itens polêmicos está o que veta o reajuste salarial de até 78,56% para os servidores do Judiciário e o veto à correção das aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo com ganhos reais. 

Dilma fez uma analogia com as donas de casa, dizendo que elas sabem que, nos momentos difíceis, é preciso conter as despesas de suas casas. Apesar do recado aos congressistas, ela disse crer que o Congresso Nacional irá demonstrar este compromisso com o Brasil. A sessão para apreciação dos vetos foi remarcada para a manhã desta quarta-feira.

Golpe

A presidente foi indagada, na entrevista, sobre as pressões que vem recebendo, principalmente de setores da oposição e da sociedade, que defendem seu impeachment ou sua renúncia. "A democracia brasileira é forte o suficiente para prevenir que variantes golpistas tenham espaço no cenário político brasileiro", respondeu. 

Na sua avaliação, é impossível achar que se faz um serviço à democracia, "tentando métodos para encurtar a chegada ao governo, pois o único método reconhecido para se chegar ao governo é o voto direto nas urnas". E repetiu que o Brasil tem uma democracia robusta e instituições fortes que prezam a liberdade de opinião e expressão.

Desafio

Na entrevista às rádios da Bahia, Dilma disse novamente que o País precisa voltar a crescer, gerar empregos e melhorar suas oportunidades. "O desafio duplo é reequilibrar o orçamento e manter programas sociais e investimentos", destacou, informando que hoje estará na Bahia para a entrega de moradias populares. 

Apesar de reconhecer que a inflação tem crescido, disse que a tendência é de queda, "fato reconhecido até mesmo pelo mercado", e que sua gestão tem feito todos os esforços nesse sentido. A presidente falou também da reforma ministerial que anunciou na sexta-feira passada, destacando que sua gestão tem feito a sua parte no esforço de saída da crise. 

A presidente Dilma Rousseff participa nesta quarta-feira (7) de cerimônia de inauguração de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, no residencial São Francisco, na cidade de Barreiras, na Bahia. Prevista inicialmente para as 10 horas, a agenda foi transferida para 15 horas. 

Confirmaram presença no evento os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, das Cidades, Gilberto Kassab, a presidente da Caixa, Miriam Belchior, e o governador da Bahia em exercício, João Leão, já que o titular Rui Costa está na Europa em viagem de negócios, e o prefeito de Barreiras Antonio Henrique Moreira.

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