O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) previu na manhã desta quinta-feira (8), um trâmite lento no Congresso Nacional das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff - rejeitadas ontem pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Não vai ser um embate rápido não, até porque o trâmite é lento", comentou o peemedebista.
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Cunha lembrou que a Comissão Mista de Orçamento (CMO), colegiado que avaliará num primeiro momento as contas de 2014, ainda definirá a relatoria do processo, votará o parecer do relator, para só depois encaminhar a matéria para Mesa Diretora do Congresso. Pelo critério do rodízio de apreciação de contas governamentais, o presidente da Câmara acredita que o Senado apreciará primeiro as contas de Dilma.
Em sua avaliação, o processo não será concluído na CMO este ano, uma vez que outras matérias ainda precisam ser votadas pelo grupo de deputados e senadores, entre eles a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e outros projetos orçamentários. "Não tem um prazo. É um prazo que pode demorar", afirmou.
Ele ressaltou que a decisão do TCU é apenas uma recomendação e que a palavra final é dos parlamentares, ou seja, a rejeição precisa ser confirmada pelo Congresso. Para o peemedebista, o governo conduziu mal o processo. "Acho que tem um fundamento muito mais político. E essa politização quem fez foi o próprio governo, que deu uma dimensão ao processo até muito maior que o processo poderia ter. Então acho que foi mais um erro político do governo", criticou.
Questionado sobre os nove pedidos de impeachment da presidente Dilma que estão sob sua análise, Cunha disse que não terá tempo de analisar todos requerimentos nesta semana e que avaliará tudo no fim de semana. O presidente da Casa pretende deliberar sobre os pedidos até a próxima terça-feira.