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Após a revelação de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), mantém contas bancárias secretas na Suíça, o peemedebista afirmou à Folha de S. Paulo que seu direito de defesa está sendo atropelado e refutou a hipótese de deixar o cargo. "Esquece, eu nunca vou renunciar. Vou persistir", falou na noite dessa quinta-feira (8).
Cunha disse achar "engraçado" os parlamentares que "pedem o benefício da dúvida para eles" tentarem afastá-lo da presidência da Casa agora. "Isso é fascismo", declarou.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou na tarde dessa quinta, em ofício encaminhado à Câmara que há contas bancárias em nome de Cunha e de familiares na Suíça e que seus saldos foram bloqueados pelas autoridades daquela país. O documento assinado por Janot foi feito em resposta a requerimento feito pela bancada do PSOL na Câmara. O partido afirmou que ingressará na terça-feira (13) no Conselho de Ética da Casa com um pedido de cassação do mandato de Cunha.