Depois das sucessivas derrotas que o governo sofreu nesta semana, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) deverá ser o próximo foco de atenção do Planalto. É ela quem definirá, nos próximos dias, o relator responsável por analisar a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União), de reprovar as contas do governo, no âmbito da Comissão Mista de Orçamento do Congresso.
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Peemedebista histórica, Rose é uma das poucas mulheres do partido que têm acesso direto à cúpula da sigla. Fiel escudeira do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), muito antes de ser eleita senadora, Rose se reuniu com o peemedebista na noite de quarta (7) para discutir e combinar como se dará o trâmite do processo de análise das contas de Dilma.
Como presidente da CMO, ela será a responsável por conduzir o processo na primeira instância do Legislativo por onde tramitará o parecer do TCU. A peemedebista também controlará o cumprimento dos prazos do processo no colegiado e já disse que não tem a intenção de postergar o processo.
A definição de que os prazos serão estritamente cumpridos foi tomada em conjunto com Renan nesta quarta. Os dois voltaram a se encontrar na manhã desta quinta (8) para discutir o tema.
Apesar de ser integrante do PMDB, partido presidido pelo vice-presidente da República, Michel Temer, Rose apoiou abertamente a eleição à Presidência do adversário de Dilma, o senador Aécio Neves, que disputou o pleito pelo PSDB.
Na época, Rose chegou a dizer que Temer não era candidato porque não existia a eleição de vice.
Nascida no município mineiro de Caratinga, Rose construiu toda a sua trajetória política no estado vizinho, o Espírito Santo, por onde se elegeu deputada federal para seis mandatos. No ano passado, ela foi eleita para o Senado e se tornou a primeira mulher eleita para a Casa pelo Estado.
Em 2011, ela foi eleita vice-presidente da Câmara na chapa do deputado Marco Maia (PT-RS) e se tornou a primeira mulher a assumir um cargo na Mesa Diretora da Casa em 188 anos.
Dois anos depois, Rose se lançou como candidata à presidência da Casa, concorrendo contra o seu correligionário, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que acabou vencendo o pleito. Na época, ela foi acusada de distribuir panfletos anônimos com denúncias contra o adversário.
Professora e jornalista por formação, Rose tem 66 anos. Ela começou sua carreira política como deputada estadual pelo PMDB, em 1983. Quatro anos depois, foi eleita deputada constituinte. Em 1988, ajudou a fundar o PSDB, onde permaneceu até 2003, quando voltou ao seu partido de origem.