A presença de
Henrique Pizzolato no voo da TAM da noite desta quinta-feira (22) gera protestos entre parte dos passageiros. O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil será extraditado hoje ao País. Pizzolato foi condenado no processo do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão e fugiu do Brasil em setembro de 2013.
Uma comitiva de 40 gaúchos que esta retornando das férias disse que sabia que o brasileiro embarcaria e que programou uma salva de palmas e uma vaia ao brasileiro. Para Jaqueline Meneghetti, 52, assistente social, integrante da comitiva, "ele deve ser levado para a prisão para pagar pelos crimes que cometeu. Essa prisão representa o que deve acontecer com quem rouba", diz.
Um dos passageiros da comitiva, um senhor de cabelos brancos, que vestia uma camisa vermelha, começou a insultar com palavras ofensivas tanto Pizzolato quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora, Dilma Rousseff. Dizia que a culpa da desgraça econômica do Rio Grande do Sul é deles.
Ao ser questionado que o atual governo estadual não é do PT, ele desconversou e disse que o governador José Ivo Sartori (PMDB) assumiu um estado quebrado e que é "bonzinho".
A Polícia Federal agiu preventivamente ao montar um esquema reforçado de segurança para levar o brasileiro de volta ao País. Vieram três delegados e uma enfermeira buscar Pizzolato. Eles chegaram em Milão no início desta semana.
Segundo fontes da PF, de praxe são enviados dois agentes, mas dessa vez a segurança foi reforçada. Por questões de segurança, Pizzolato foi colocado no fundo do avião com os agentes e a enfermeira.
Se o tumulto realmente acontecer, será difícil acalmar os ânimos dos passageiros. Segundo a TAM, os 183 lugares da classe econômica estão ocupados, estando livres somente algumas cadeiras da classe executiva.