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Gasto com pedalada é menor que aumento de arrecadação, diz Mantega

Mantega, que foi presidente do BNDES entre 2004 e 2006 antes de ser ministro

Da Folhapress
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Publicado em 27/10/2015 às 17:35
Mantega, que foi presidente do BNDES entre 2004 e 2006 antes de ser ministro - FOTO: "Não foi excessivo. Foi de bom tamanho", disse o ex-ministro
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Em depoimento à CPI do BNDES da Câmara, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega defendeu os empréstimos a juros subsidiados para empresas como forma de aumentar os investimentos no país e o emprego.

"Não foi excessivo. Foi de bom tamanho", disse o ex-ministro.

Mantega, que foi presidente do BNDES entre 2004 e 2006 antes de ser ministro, está prestando depoimento à CPI do BNDES que investiga suspeitas de empréstimos irregulares feitos pelo banco ao longo dos últimos 13 anos.

O ministro apresentou gráficos afirmando que o crescimento do PIB do país nos últimos anos foi garantido por essa política de empréstimos a juros subsidiados, que aumentou os investimentos na economia. Segundo ele, o governo tinha consciência de que haveria gastos públicos para pagar os subsídios ao banco.

De acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União), o governo deixou de pagar esses subsídios, que ao BNDES somavam quase R$ 20 bilhões em 2014. Por causa disso, o governo teve suas contas reprovadas em 2014.

"O que teríamos a perder é maior do que o que temos a pagar", disse Mantega explicando que os gastos do banco com empréstimos subiram para dar crédito às empresas por causa da crise econômica de 2008.

Para Guido, os gastos do governo para pagar os subsídios são "mais que compensados" pelo aumento da arrecadação do governo e também pela geração de empregos, que também melhorou as contas da previdência.

O ex-ministro da Fazenda é um dos 18 apontados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) como responsáveis pelas irregularidades cometidas com as chamadas 'pedaladas fiscais', que são o pagamento por bancos e fundos públicos de despesas que deveriam ser do governo.

O processo no TCU em que Mantega pode ser responsabilizado ainda não foi apreciado pelo órgão de controle.


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