Reunião

Guiado por Lula, PT pedirá mudança na política econômica poupando Levy

As propostas de mudança na condução da economia do país, principalmente com liberação de crédito para consumo

Da Folhapress
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Publicado em 28/10/2015 às 18:40
Foto: Richard Casas  PT
As propostas de mudança na condução da economia do país, principalmente com liberação de crédito para consumo - FOTO: Foto: Richard Casas PT
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Sob orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cúpula do PT está preparando um documento em que pede mudanças urgentes na política econômica do governo Dilma Rousseff sem citar, porém, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, alvo da insatisfação de grande parte dos petistas.

As propostas de mudança na condução da economia do país, principalmente com liberação de crédito para consumo e investimento e a redução da taxa de juros, estarão na resolução que deve ser aprovada nesta quarta-feira (28) durante reunião da executiva nacional do partido, em Brasília. O texto vai servir de base para a resolução que será divulgada pelo Diretório Nacional da sigla nesta quinta-feira (29).

Lula já sugeriu a troca de Levy diretamente para a presidente Dilma mas, diante da resistência e dos argumentos da sucessora, que diz não querer criar outro celeuma em seu governo quando acredita ter ganhado fôlego diante da crise, o ex-presidente pediu "cautela" à direção do partido ao tratar do tema.

Há dez dias, o presidente do PT, Rui Falcão, citou nominalmente o ministro e disse que "Levy deve sair se não quiser mudar a política econômica."

Além do pedido de reorientação da política econômica, a resolução vai contar com um desagravo a Lula e a seu governo, após a Polícia Federal fazer uma operação de busca e apreensão no escritório de Luis Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente.

O PT argumenta que a operação na empresa de Luis Cláudio representa um ataque ao ex-presidente, que embute uma tentativa de debilitar o PT e a democracia brasileira.

A resolução que vai tratar de conjuntura e política econômica deve ser única, sem um texto separado para falar do caso do ex-presidente, como chegou a ser defendido por alguns dirigentes da legenda.

Uma resolução sobre as eleições de 2016 deve ser aprovada à parte, com o pedido para que candidatos petistas saiam em defesa do projeto político do PT e dos governos Lula e Dilma.

 

MUDANÇAS NAS REGRAS

Durante a primeira parte da reunião da executiva, a cúpula do PT discutiu possíveis mudanças no estatuto partidário para se adaptar às novas regras para a lei eleitoral, aprovadas no Congresso.

Dirigentes da sigla defendem que o PT diminua de um ano para seis meses o tempo de filiação mínimo necessário para que uma pessoa saia candidato pelo PT. Alguns petistas, no entanto, são contrários à ideia e querem manter o tempo mínimo de um ano.

Na maior crise de sua história, o PT perdeu 11% dos prefeitos que elegeu em 2012, que migraram para outros partidos para tentar a reeleição no próximo ano.

Diante desse cenário, petistas defendem que se facilite o ingresso de novos militantes no partido e que se estimule que essas pessoas saiam candidatas pelo legenda.

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