"Já aprovaram seu Orçamento?". Com esse questionamento, o secretário-geral da OCDE, José Ángel Gurría, cumprimentou nesta terça-feira (3) o ministro Joaquim Levy (Fazenda), que chegou ao Itamaraty com mais de uma hora de atraso, após uma passagem pela CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso.
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O questionamento foi feito em tom de brincadeira, provocando risos entre as pessoas que estavam presentes ao evento.
Os dois haviam se encontrado pouco antes em outro evento, no TCU (Tribunal de Contas da União). A previsão era que ambos fossem direto ao Itamaraty para assinatura de um acordo, mas Levy teve de deixar o tribunal às pressas para ir ao Congresso.
Na saída, ao passar por um grupo de cinegrafistas, o ministro da Fazenda tropeçou e caiu em um corredor utilizado pelas autoridades como saída exclusiva.
O Brasil assinou nesta terça-feira (3) acordo com a OCDE, também conhecida como o clube dos países ricos, da qual o país ainda não faz parte.
Na assinatura, Gurría afirmou que o Brasil atravessa uma profunda recessão. As reformas que pareciam "facilmente adiadas", devido aos benefícios para o Brasil do crescimento chinês e dos juros baixos no EUA, segundo ele, são agora mais necessárias do que nunca para colocar o país na direção certa.
O ministro Levy dedicou parte de sua fala ao ajuste fiscal, ao afirmar que essas medidas são necessárias para que os juros no Brasil possam cair de maneira segura e persistente. Disse ainda que as incertezas em relação ao país são aquilo "que mata o crescimento".
Nesta quarta-feira (4), OCDE e Brasil lançam juntos os trabalhos Estudo Econômico do Brasil 2015 e o primeiro Relatório de Desempenho Ambiental do Brasil.
