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Executivos da Andrade Gutierrez ficam calados diante de juiz Moro

Os outros depoimentos marcados eram os dos ex-diretores Elton Negrão e Paulo Dalmazzo

Da Folhapress
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Publicado em 13/11/2015 às 22:20
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom  Agência Brasil
Os outros depoimentos marcados eram os dos ex-diretores Elton Negrão e Paulo Dalmazzo - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom Agência Brasil
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Por orientação de seus advogados, três ex-executivos da empreiteira Andrade Gutierrez se recusaram a responder a perguntas em audiência na Justiça Federal do Paraná nesta sexta-feira (13).

A aparição do ex-presidente da empresa Otávio Marques de Azevedo durou menos de dois minutos. O executivo agradeceu a família e os amigos pelo apoio "em 150 dias de prisão" e disse ao juiz Sergio Moro que preferia se manter em silêncio.

Os outros depoimentos marcados eram os dos ex-diretores Elton Negrão e Paulo Dalmazzo.

A Andrade Gutierrez é suspeita de distribuir R$ 243 milhões em propina a políticos e dirigentes da Petrobras, em troca de ser beneficiada em contratos com a estatal.

Azevedo e os executivos foram presos em junho deste ano.

O operador e delator Fernando Baiano também depôs nesta semana e disse que jamais discutiu propinas ou vantagens indevidas com os diretores da empreiteira.

"Se eu operei para alguém, eu operei para [o ex-diretor da Petrobras] Paulo Roberto Costa. Foi a pessoa que me pedia para receber dinheiro dizendo que vinha da Andrade Gutierrez, mas nem isso eu consegui confirmar. Nos encontros que eu tive com Paulo Roberto ou com executivos da Andrade Gutierrez nunca foi tratado de vantagens indevidas", disse Baiano.

 

NOVA VERSÃO

O lobista mudou uma informação que dera antes em um dos depoimentos de sua delação premiada. Primeiro, Baiano disse que intermediara um pagamento de R$ 500 mil da Andrade Gutierrez para o PP nas eleições de 2010.

No depoimento desta semana, o delator recuou e disse não ter certeza se entregou um endereço, ao doleiro Alberto Youssef, para a retirada de dinheiro para o PP.

Baiano atribuiu a mudança a uma confusão causada por uma conversa com Youssef na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.

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