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O Palácio do Planalto definiu como prioridade da semana garantir o quórum para analisar os vetos da presidente Dilma Rousseff na sessão do Congresso marcada para esta terça-feira (17). Em outubro, mesmo após a reforma ministerial, o governo não conseguiu levar ao plenário o número mínimo de deputados e senadores para dar início à sessão, e a apreciação dos vetos foi adiada duas vezes.
O Planalto considera essencial a manutenção dos vetos às chamadas pautas bombas, ou seja, que podem causar impactos bilionários aos cofres públicos. A principal delas é o do reajuste dos servidores do Judiciário, que pode gerar uma despesa de R$ 36,2 bilhões até 2019.
"Acertamos que de hoje (16) até amanhã (17) é muito diálogo para a sessão do Congresso. Manter os vetos é fundamental para estabilizar a relação política e dar uma sinalização para o País", disse o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).
O ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) também classificou a manutenção dos vetos como "importantíssima, não para o governo, mas para o Brasil". "É interesse da Nação nós mantermos o veto, porque, senão, indiscutivelmente não vamos ter como fazer nenhum ajuste fiscal", afirmou.
A reunião de coordenação política do governo foi comandada nesta segunda-feira pelo vice-presidente Michel Temer, já que a presidente Dilma Rousseff está na Turquia para o encontro do G-20. Participaram do encontro ministros e líderes do governo.
Segundo Guimarães, apesar dos esforços do governo em fazer avançar a tramitação da CPMF no Congresso, o foco esta semana não será a discussão da volta do imposto. "Nós já temos que cuidar de muitas coisas", disse.