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Depois de um ano detido, o lobista Fernando Soares, o Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras, saiu nesta quarta-feira (18) da prisão, após fechar um acordo de delação premiada.
Agora, ele segue para o Rio de Janeiro, onde cumprirá prisão domiciliar por pelo menos um ano, segundo o advogado Sérgio Riera.
Baiano estava detido no Complexo Médico Penal, em Pinhais (região metropolitana de Curitiba). Ele saiu da prisão por volta das 12h, e seguiu para a Justiça Federal no Paraná, onde instalou uma tornozeleira eletrônica.
Ele deixou o local rumo ao Rio às 13h45, de carona num automóvel dirigido por seus advogados. Baiano não falou com a imprensa.
Em setembro deste ano, ele, que até então negava os fatos, firmou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.
Entre outros fatos revelados até aqui, Baiano confirmou em sua delação o pagamento de propina em obras da estatal do petróleo, disse que fez pagamentos em espécie a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e afirmou que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, envolveu o pagamento de US$ 15 milhões em corrupção.
Em agosto, Baiano foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro na contratação de navios-sonda pela Petrobras. Ele ainda é réu em outro processo, que investiga o pagamento de propina pela empreiteira Andrade Gutierrez.