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As manobras do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para protelar o andamento do pedido de cassação do seu mandato geraram bate-boca e uma guerra de questões de ordem no início dos trabalhos do plenário desta quinta-feira (19).
Cunha precisou enfrentar embates com diversos parlamentares que chegaram à questionar suas condições de permanecer à frente do comando da Casa. "O senhor está com medo?", chegou a questionar a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Após duas horas tumultuadas, mais de 50 deputados de diversos partidos, inclusive do PT, deixaram a sessão e saíram pelos corredores da Casa aos gritos de "Fora Cunha", rumo ao plenário para dar continuidade à reunião do Conselho.
Pela manhã, aliados do presidente da Câmara conseguiram suspender a reunião. Em seguida, em mais uma manobra, Cunha cancelou, por meio do segundo secretário da Casa, Felipe Bornier (PSD-RJ), a sessão da comissão julgadora.
Após a pressão que veio até mesmo de antigos alicerces, como líderes do DEM e do PSDB, Mendonça Filho (PE), e Nilson Leitão (MT), que foram à tribuna anunciar obstrução à eventuais votações e pedir que Cunha revertesse a decisão de cancelar os trabalhos do Conselho, o peemedebista voltou atrás.
Entre os deputados que estavam na reunião do Conselho, estavam os deputados petistas Henrique Fontana, Zé Geraldo, Maria do Rosário; além de Jandira Feghali (PcdoB-RJ), Afonso Hamm (PP-RS), Mendonça Filho (DEM-PE), Pauderney Avelino (DEM-AM), Bruno Araújo (PSDB-PE), Nilson Leitão (PSDB-MT), Glauber Braga (PSOL-RJ), Chico Alencar (PSOL-RJ), Ivan Valente (PSOL-SP), Alessandro Molon (Rede-RJ) e Rubens Bueno (PPS-PR).