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CPI do BNDES marca depoimento de Bumlai para terça-feira

A convocação de Bumlai foi aprovada na semana passada, durante um momento de desatenção da base aliada do governo Dilma Rousseff

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Publicado em 21/11/2015 às 10:48
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A convocação de Bumlai foi aprovada na semana passada, durante um momento de desatenção da base aliada do governo Dilma Rousseff - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
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A CPI do BNDES na Câmara marcou para a próxima terça-feira (24) o depoimento do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, para explicar suspeitas de tráfico de influência e irregularidades na obtenção de empréstimo do banco de fomento.

A convocação de Bumlai foi aprovada na semana passada, durante um momento de desatenção da base aliada do governo Dilma Rousseff. A oposição conseguiu reunir votos suficientes para aprovar o depoimento do amigo de Lula.

Deputados petistas chegaram a protocolar uma reclamação ao presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), argumentando que a manobra que incluiu a convocação de Bumlai na pauta não estava prevista no regimento. Rotta, porém, rejeitou a reclamação e manteve o depoimento.

A reportagem revelou que o BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai. O BNDES, porém, argumenta que o empréstimo seguiu as regras do banco.

CRÍTICAS

Na quarta-feira (18), integrantes da CPI foram ao TCU (Tribunal de Contas da União) conversar com o procurador do Ministério Público de Contas do TCU, Marinus Marsico, que investiga os contratos de empréstimos internacionais do BNDES.

Marinus fez duras críticas à atuação do banco. "Do modo como funciona hoje, era melhor que não existisse", afirmou aos parlamentares. Ele justificou dizendo que os critérios do banco para escolher os beneficiários são "obscuros" e favorecem determinadas empresas em detrimento de outras.

Havia na CPI um requerimento de convite para Marinus ir falar na Câmara, mas foi rejeitado pela maioria aliada ao governo Dilma.

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