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Emídio diz não ter temor sobre o que Delcídio possa falar

Apesar da declaração e de ter dito ser pessoalmente favorável à expulsão de Delcídio do partido, Emídio admitiu que a prisão dele é preocupante para o governo

Do JC Online
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Publicado em 26/11/2015 às 15:20
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Apesar da declaração e de ter dito ser pessoalmente favorável à expulsão de Delcídio do partido, Emídio admitiu que a prisão dele é preocupante para o governo - FOTO: Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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O presidente do PT-SP, Emídio de Souza, afirmou na manhã desta quinta-feira (24) que pessoalmente não teme nada que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) possa vir a falar caso venha a se sentir que abandonado pela legenda. "Ele foi filiado, candidato a governador, senador, ocupou cargos antes de estar no PT. Não tenho temor nenhum do que ele possa falar. E, se vier a falar e tiver alguma prova, que se apure", disse.

Depois de ser o primeiro senador da República a ser preso no exercício do mandato, suspeito de tentar obstruir investigações da operação Lava Jato, Delcídio não recebeu manifestação de apoio do PT ou do Planalto. Pelo contrário, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, divulgou ontem uma nota dizendo que a legenda não devia solidariedade ao senador.

Apesar da declaração e de ter dito ser pessoalmente favorável à expulsão de Delcídio do partido, Emídio admitiu que a prisão dele é preocupante para o governo. "O prejuízo ao governo é evidente, ele é líder do governo, homem de confiança do governo, é o principal articulador político no Senado dos interesses do governo. Agora, o governo não tem nada a ver com o que ele fez, a atitude dele é outra coisa, ele tem que responder por isso."

Emídio comentou também a posição de senadores do PSDB que demonstraram solidariedade a Delcídio no plenário na noite desta quarta-feira - Aloysio Nunes (SP) chegou a dizer que não gostaria de ver nada provado contra o senador, que já foi filiado ao PSDB. "Também não gostaria de ver provado nada, gostaria que isso tudo fosse mentira, mas o PSDB não tem autoridade nenhuma para falar disso", afirmou, destacando que também foi preso ontem o banqueiro André Esteves, amigo e "patrocinador", segundo ele, do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.

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